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A Região Vinhateira do Alto Douro, classificada pela UNESCO como Património Mundial desde 2001, é reconhecida mundialmente pelos vinhos aqui produzidos e pelas suas paisagens fascinantes.

O rio Douro e os afluentes que serpenteiam a região, juntamente com as serras ocidentais que a protegem dos ventos do atlântico, originam um microclima muito próprio que favorece a produção de vinhos de excelência. Esse microclima subdivide-se ainda em 3 sub-regiões muito particulares:

Baixo Corgo – Sob influência direta da Serra do Marão, é a sub-região de clima mais ameno e chuvoso e também a mais fértil. O ar é mais húmido e fresco, e a pluviosidade mais elevada, o que auxilia na fertilização dos solos.

Cima Corgo – A sub-região onde se situa a Quinta Vale D. Maria é caracterizada por um clima mediterrânico, com menor incidência de chuvas, resultando em vinhos mais concentrados e com maior potencial de envelhecimento.

Douro Superior – Esta é a sub-região onde se situa a Quinta Vale do Sabor. Além de ser a maior das 3 sub-regiões, é também a mais quente e seca – a chuva e os recursos hídricos são escassos, chegando a ter um clima desértico no verão, com temperaturas que chegam aos 50ºC.

O Douro é o reflexo de uma simbiose fascinante: a beleza natural da região é enaltecida e preservada através da ação do Homem, dando origem a paisagens que ficam na memória de quem as contempla.

Acompanhe-nos ao longo deste artigo e descubra o papel que a mão do Homem teve, e ainda tem, na construção da paisagem icónica do Douro.

Antropossolos: a origem de uma paisagem icónica

Tal como a palavra indica, antropossolos são solos criados pelo Homem (antropo = homem).

O terreno íngreme do Douro que, outrora, parecia de cultivo impossível, foi moldado pela mão do Homem – a transformação do xisto e dos declives naturais em terra, muros e socalcos, tornou possível a plantação de vinhas que agora desenham a paisagem do Douro em linhas horizontais e verticais, criando ilusões de ótica a quem as observa de longe.

Este esforço na conversão de solos inóspitos em vinhas, resultou na aplicação de três formas distintas de plantação:

  1. Socalcos: assemelham-se a varandas separados por muros de xisto, e é aqui que as vinhas mais antigas são plantadas. A maioria dos socalcos são estreitos tendo, na sua maioria, uma ou duas linhas de videira. São estes socalcos que estão na origem do reconhecimento da região como Património Mundial;
  2. Patamares: em terrenos com elevada inclinação, em que não é possível a plantação de Vinha ao Alto, recorre-se aos patamares. São constituídos por bardos estreitos e suportados por taludes altos em terra, associados às linhas colossais do Douro;
  3. Vinha ao Alto ou Plantação Vertical: técnica caraterizada pela plantação de vinha em linhas verticais, isto é, perpendiculares ao Rio. Esta última técnica, é a mais moderna e tem vindo a ser aperfeiçoada com o passar dos anos, tendo em conta o declive do terreno e a tecnologia disponível.

A ação do Homem foi e continua a ser crucial no desenho e preservação da paisagem Duriense. É graças a esta complementaridade entre a riqueza natural e o trabalho humano que o Douro se tornou uma das paisagens mais icónicas e reconhecíveis a nível mundial. A harmonia perfeita entre a Mãe Natureza com o Homem.