Percorrer a Quinta Vale D. Maria é sentir o Douro na sua plenitude e desfrutar da sua essência através de uma gama de vinhos exclusiva, cuja identidade reflete o terroir que lhes deu origem.
As vinhas velhas, que se encontram na Quinta Vale D. Maria, testemunham o passar do tempo e partilham, em cada nova colheita, memórias. A vinha, com mais de 60 anos e 41 castas, que está na origem do vinho Quinta Vale D. Maria Vinhas Velhas Douro, localiza-se no coração da Quinta, estendendo-se do ponto mais baixo ao mais alto da propriedade.
O que são Vinhas Velhas?
Não existe um consenso sobre a partir de que idade uma vinha poderá começar a ser chamada de “velha” uma vez que esta designação pode depender de vários fatores desde a casta, a região e o clima a que esta vinha está sujeita. No entanto, todas as videiras passam pelo mesmo ciclo de vida e é este que vai ditar o momento a partir do qual uma vinha passa a ser velha.
Fase Vinha Jovem
Após a sua plantação, uma videira precisa de cerca de 3 anos para que estabeleça as suas raízes e desenvolva a sua estrutura aérea. Entre os 3 e os 6 anos de idade, este crescimento tende a estabilizar, embora a planta possa manter o seu vigor vegetativo durante este período. A partir daqui, e até ao final da sua segunda década, a videira estará no seu auge de produção, dependendo, contudo, de outros fatores externos como a fertilidade do solo, o clima, a casta e a filosofia da viticultura que lhe é aplicada, nomeadamente durante a poda de inverno.
Fase Vinha Velha
A partir dos 30/40 anos, a videira já terá adquirido a sabedoria do tempo, apresentando um sistema radicular mais definido que lhe possibilita a procura de nutrientes e água em profundidade. Além disso, terá melhor propensão à autorregulação pois será menos sujeita a fatores externos. Assim, a videira terá uma maior consistência a nível de qualidade, devido às variações de clima que atravessou durante a sua longa vida. No entanto, à medida que o tempo passa, a videira também fica mais sensível e frágil, pelo que é necessária uma maior atenção do viticultor em relação a doenças do lenho e pragas. Nesta fase, a videira começará a entrar em declínio de produção, produzindo menos bagos, sendo estes também mais pequenos, o que fará com que a proporção entre as películas e as polpas diminua. Ao produzir menos uvas, toda a energia criada pela planta será aplicada nessa menor quantidade de uvas o que se refletirá numa melhor e mais equilibrada maturação das mesmas.
Existe alguma legislação que regulamente a designação Vinhas Velhas?
Durante muito tempo, não existia uma definição legislada para Vinhas Velhas no mundo, à exceção da Austrália. Considerava-se assim que, dependendo da região, a mesma se aplicava, para castas brancas, a partir de 25 anos e, para castas tintas, a partir dos 40 anos. Em Portugal, existem vinhas velhas espalhadas por várias regiões, desde o Douro, ao Dão e Alentejo. Estas vinhas velhas comportam-se de forma diferente em cada região e podem ser consideradas velhas por fatores distintos em cada região. No caso do Douro, em 2020, o IVDP declarou que a designação é aplicável a vinhas que tenham:
- mais de 40 anos desde a sua plantação;
- pelo menos 5.000 pés de videira por hectare;
- pelo menos 4 castas plantadas na mesma parcela.
Um vinho de Vinhas Velhas é um sinónimo de qualidade?
No caso de vinhas muito velhas, a complexidade é garantida pois estas exibem uma diversidade genética muito superior às vinhas mais jovens, que são, muitas vezes, plantadas apenas com um clone da mesma casta. Antigamente, era comum plantarem-se várias castas no mesmo local para se estudar quais se adaptariam melhor ao terroir, fazendo-se uma seleção natural na vinha e possibilitando uma multiplicidade de castas e clones, na génese de vinhos mais estimulantes e imprevisíveis ao palato. Uma verdadeira descoberta em cada garrafa.
Que características as vinhas velhas imprimem nos vinhos para os tornarem tão especiais?
Pelos factos descritos acima, os vinhos de vinhas velhas terão mais altos níveis de açúcar, acidez e antioxidantes. Serão, também, mais intensos de sabor e, portanto, mais concentrados e elegantes. A dedicação e atenção dadas pelos viticultores e enólogos às vinhas velhas, ao longo de todo o processo de produção, originará vinhos únicos que transportam a história da vinha em cada garrafa.
Esta diversidade é o que torna o Quinta Vale D. Maria Vinhas Velhas Douro um vinho profundo, intenso e inconfundível, com aromas de cereja, ameixa e amora silvestre, típicos deste field blend. Concentrado, com uma estrutura e um vigor que intensificam a sua textura suculenta, é harmonioso e extremamente elegante.
Partilhar um vinho de vinhas velhas com amigos ou em família é uma excelente forma de viajar na história através dos sentidos.