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A diversidade de castas tornam este vinho profundo e intenso, com aromas de cereja, ameixa e amora silvestre, típicos do field blend na sua génese.

O ano 2018 foi um ano atípico na viticultura, em comparação com os cinco anos anteriores. O inverno foi frio e seco e a primavera fresca com chuva intensa. O verão dividiu-se em dois períodos, em que o primeiro foi frio e chuvoso e o segundo, mais tarde, quente e extremamente seco. Isto provocou um atraso na floração, no entanto, devido às chuvas, a vinha foi capaz de recolher um nível de água suficiente para florescer. Verificou-se uma maior pressão para o desenvolvimento de míldio e a instabilidade climática baixou consideravelmente os níveis de produtividade. Na Quinta Vale D. Maria (Cima Corgo) monitorizámos as vinhas cuidadosamente para evitar a propagação de míldio. Na Quinta Vale do Sabor (Douro Superior), um clima mais consistente permitiu o desenvolvimento das vinhas em boas condições. Em agosto, observou-se alguma desidratação e escaldões, mesmo que leves. Desta forma, os níveis de produção nunca baixaram de forma drástica em nenhuma das nossas propriedades. As vindimas começaram no dia 12 de setembro com uvas brancas. Choveu ligeiramente, as uvas foram colhidas na maturação ideal, criando um mosto de alta qualidade.

Origem das uvas: Um   blend   de   41   castas   diferentes,   onde   se encontram, entre outras, o Rufete, a Tinta Amarela, a Tinta Francisca, o Sousão,  a  Touriga  Franca,  a  Tinta  Roriz  e  muitas  outras  típicas  do Douro,  procedentes  dos  10  hectares  de vinhas  velhas originais  da Quinta  Vale  D.  Maria.  As  vinhas  têm  idade  superior a  60  anos,  com exposição  Sul,  Sudeste,  Sudoeste, Nascente e  Poente. 

Vinificação e envelhecimento: As vinhas velhas da Quinta Vale D. Maria estão divididas em parcelas diferentes e cada parcela é colhida à mão. As uvas são   selecionadas   antes  de  entrarem  na  adega. São desengaçadas  e pisadas em  lagares,  1 a 3 dias antes da fermentação que  ocorre  em  lagar  e/ou  em  cubas  de  aço  inoxidável.  Em  lagar, os vinhos são pisados a pé todas as noites, em cubas de aço inox, fazem-se remontagens  manuais. Os  vinhos são  tirados a limpo para barricas de carvalho francês, de 225 litros,  provenientes  de  diversas tanoarias, onde se processa a fermentação maloláctica. Todos os vinhos  estagiam  depois  durante 21  meses em barricas de carvalho francês, sendo os diferentes lotes obtidos, de cada fermentação, mantidos completamente separados até à composição do lote final, cerca de um mês  antes  do engarrafamento.

Notas de prova: A riqueza aromática que sobressai de frutos vermelhos como amora silvestre, framboesa e cereja madura, caracterizam o Quinta Vale D. Maria Douro tinto 2018. Estrutura elegante e concentrada. Suculento em boca, é equilibrado, fresco e com um final que perdura. 

Detalhes Técnicos

Acidez Total
5,4 g/l
Teor Alcoólico
15% vol
Açúcares totais
0,8 g/l
pH
3,73
Engarrafamento
Julho 2020 – 17.216 garrafas de 75cl​, 500 Magnums de 1.5L, 200 Magnums de 3L e 20 Magnums de 5L.

Enólogos

Cristiano van Zeller
Manuel Soares

Ficha técnica

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