Nos Vinhos do Porto Quinta Vale D. Maria a vinificação é feita de forma tradicional, com pisa a pé em lagares de granito. Todos os Vinhos do Porto são produzidos com o mesmo cuidado e dedicação, de forma a criar vinhos da mais alta qualidade. Mantemos assim a mesma filosofia para os nossos Vinhos do Porto que para os restantes vinhos: a obtenção de um carácter único. Desde o início do projeto na Quinta Vale D. Maria, produzimos Vinhos do Porto Vintage, LBV e Reserva, todos de uma só colheita.
A seleção das vinhas foi feita com base no conhecimento de produção de Vinho do Porto ao longo de várias gerações. Cada uma das parcelas, plantadas com várias castas indígenas e com exposição a Sul maioritariamente, apresenta idades que variam entre os 25 e os 60 anos de idade. Estas vinhas permitem criar Vinhos do Porto com complexidade, profundidade, aroma e estrutura, que representam um tempo e um lugar.
O ano 2018 foi um ano atípico na viticultura, em comparação com os cinco anos anteriores. O inverno foi frio e seco e a primavera fresca com chuva intensa. O verão dividiu-se em dois períodos, em que o primeiro foi frio e chuvoso e o segundo, mais tarde, quente e extremamente seco. Isto provocou um atraso na floração, no entanto, devido às chuvas, a vinha foi capaz de recolher um nível de água suficiente para florescer. Verificou-se uma maior pressão para o desenvolvimento de míldio e a instabilidade climática baixou consideravelmente os níveis de produtividade. Na Quinta Vale D. Maria (Cima Corgo) monitorizámos as vinhas cuidadosamente para evitar a propagação de míldio. Na Quinta Vale do Sabor (Douro Superior), um clima mais consistente permitiu o desenvolvimento das vinhas em boas condições. Em agosto, observou-se alguma desidratação e escaldões, mesmo que leves. Desta forma, os níveis de produção nunca baixaram de forma drástica em nenhuma das nossas propriedades. As vindimas começaram no dia 12 de setembro com uvas brancas. Choveu ligeiramente, as uvas foram colhidas na maturação ideal, criando um mosto de alta qualidade.
Origem das uvas: Um blend de mais de 25 castas tradicionais do Douro, com predominância da Touriga Franca, da Touriga Nacional, da Tinta Roriz e da Tinta Barroca, mas onde se encontram, entre outras, o Rufete, a Tinta Amarela, a Tinta Francisca, o Sousão, e muitas outras, procedentes das vinhas velhas e das plantações mais novas da Quinta Vale D. Maria. Com idades entre os 25 anos e superiores a 60 anos, as vinhas têm exposição Sul, Sudeste, Sudoeste, Nascente e Poente.
Vinificação e envelhecimento: As uvas são pisadas a pé, antes da fermentação, com incorporação de 15% do total de aguardente que seria adicionado ao Vinho do Porto. Isso permite uma maceração das uvas a temperaturas mais baixas, e durante um período de tempo mais extenso, antes da fermentação. Quando o mosto está pronto para a fortificação, esta é feita de uma só vez, adicionando a aguardente ao mosto e películas no lagar. Uma nova pisa assegura uma boa homogeneização e a paragem completa da fermentação. O mosto e aguardente permanecem no lagar por mais dois a quatro dias, com uma pisa muito ligeira de 10 minutos, duas vezes ao dia. É tirado para os tonéis junto com as prensas. O vinho envelhece em tonéis muito antigos (mais de 100 anos) de carvalho e castanho, e em pequenas cubas de aço inoxidável até ao mês anterior ao engarrafamento.
Notas de prova: De cor intensa, o Quinta Vale D. Maria Reserva Porto Lote 18 é expressivo no nariz. Com notas de fruta preta, deliciosas, este vinho é equilibrado e poderoso, como é de costume. Elegante, o final de boca é longo e frutado.